Autumn Rose

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Garoto das Meias Vermelhas




Ele era um garoto triste. Procurava estudar muito.
Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa.
Todos os outros meninos zombavam dele, por causa das suas meias vermelhas.
Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só usava meias vermelhas.
Ele falou, com simplicidade:
"no ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo".
Colocou em mim essas meias vermelhas.
Eu reclamei. Comecei a chorar.
Disse que todo mundo iria rir de mim, por causa das meias vermelhas.
Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as meias vermelhas.
Disse que se eu me perdesse, bastaria ela olhar para o chão e quando visse um menino
de meias vermelhas, saberia que o filho era dela."

"Ora", disseram os garotos. "mas você não está num circo.
Por que não tira essas meias vermelhas e as joga fora?"
O menino das meias vermelhas olhou para os próprios pés,
talvez para disfarçar o olhar lacrimoso e explicou:
"é que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora".
Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas.
"Quando ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja,
ela vai me encontrar e me levará com ela."

Muitas almas existem, na Terra, solitárias e tristes, chorando um amor que se foi.
Colocam meias vermelhas, na expectativa de que alguém as identifique,
em meio à multidão, e as leve para a intimidade do próprio coração.
São crianças, cujos pais as deixaram, um dia, em braços alheios,
enquanto eles mesmos se lançaram à procura de tesouros, nem sempre reais.
Lesadas em sua afetividade, vivem cada dia à espera do retorno dos amores,
ou de alguém que lhes chegue e as aconchegue.
Têm sede de carinho e fome de afeto.
Trazem o olhar triste de quem se encontra sozinho e anseia por ternura.
São idosos recolhidos a lares e asilos, às dezenas.
Ficam sentados em suas cadeiras, tomando sol, as pernas estendidas,
aguardando que alguém identifique as meias vermelhas.
Aguardam gestos de carinho, atenções pequenas.
Marcam no calendário, para não se perderem, a data da próxima visita,
do aniversário, da festividade especial.
Aguardam...

São homens e mulheres que se levantam todos os dias, saem de casa,
andam pelas ruas, sempre à espera de alguém que partiu, retorne.
Que o filho que tomou o rumo do mundo e não mais escreveu,
nem deu notícia alguma, volte ao lar.
São namorados, noivos, esposos que viram o outro sair de casa,
um dia, e esperam o retorno.
Almas solitárias. Lesadas na afetividade. Carentes.

Pense nisso!
O amor, sem dúvida, é lei da vida.
Ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração
quando abandonado por outro.
E nem pode aquilatar da qualidade das reações que virão daqueles
que emurchecem aos poucos, na dor da afeição incompreendida.
Todos devemos respeito uns aos outros.
Somos responsáveis pelos que cativamos ou nos confiam seus corações.
Se alguém estiver usando meias vermelhas, por nossa causa, pensemos se esse
não é o momento de recompor o que se encontra destroçado,
trabalhando a terra do nosso coração.
A maior de todas as artes é a arte de viver juntos.

Carlos Heitor Cony

Dia dos Namorados sem namorados



Dia dos Namorados sem namorado.



Li uma reportagem certa vez, que tratava do Dia dos namorados e de sua influência direta no comércio e me pus a pensar como seria esta data para pessoas que tem namorado e para aquelas que não tem. Imagino que nem mesmo os casais agüentem mais esta data. Já existem tantas datas comemorativas, é Dia das Mães, é Natal, é aniversário enfim, uma infinidade de comemorações e de presentes a serem dados. Em todos os lugares os apelos são grandes: vitrines de vestidos com até 50% de desconto, aí os olhinhos da amada brilham de desejo; joalherias cheias de pessoas comprando, perfumarias, DVDs oferecidos a preço de banana. Você percebe logo que cartãozinho só, nem pensar, não vai colar mesmo. E o solteirão ou a solteirona, que vantagens tem em cima dos casais no dia 12 de junho? Já começa que não vai precisar enfrentar filas no shopping, no cinema e nem gastar dinheiro com presentes. Com o dinheiro você pode simplesmente beber todas e ainda dar umas paqueradas. E o que é melhor, vai se livrar de ter na porta de sua casa um carro brega anunciando aos quatro cantos mensagens igualmentes bregas de amor. Quer mais, pense na cesta de café da manhã e nas mensagens fonadas. A cesta com biscoitos duros, frutas passadas e aquela bendita xícara de porcelana com o seu nome gravado. Coroando a homenagem, você atende ao telefone e ouve ao fundo uma música bem melosa, tipo Endless Love, enquanto a voz mais melosa ainda recitas frases bem originais do tipo Você é o sol da minha vida, ou ainda você é a mais bela flor do jardim da minha vida.
Quando o dia 12 chegar, nem precisa invejar os casais. Você pode não ter ninguém pra levar para jantar ou fazer uma farrinha depois, mas a situação de todos os pombinhos é muito pior que a sua. Eles podem até ter alguém, mas nesta noite não vão conseguir comer nada. Nem ninguém. Os restaurantes e motéis estarão lotados. Os casais felizes ficarão horas numa fila para conseguir uma mesa até se irritarem e começarem a discutir que a culpa é da namorada por ter escolhido o tal restaurante, enquanto ela jogará na cara que quem não quis fazer reserva foi ele
Pense nas inúmeras possibilidades que você pode ter, nas inúmeras pessoas que pode conhecer, aos lugares que pode ir sem dar satisfação a ninguém, às viagens com amigos, sem preocupar-se com ciuminhos, briguinhas. Você está livre, leve, solto, solteirão, com tempo para jogar futebol durante 5 dias por semana se quiser, e você, solteirona, podendo malhar a noite toda e ir fofocar na casa da sua amiga até a hora que bem entender. Depressão para quem está solteiro no Dia dos Namorados já era, e convenhamos, o amor está no ar para qualquer um, neste dia ou em outro, seja solteiro, casado, enrolado, namorado ou separado. E você vai estar na companhia do maior amor da sua vida: você. Pense nisso!

A Culpa

Dia desses recebi um exemplar de uma revista a qual sou assinante e me deparei com a frase “Não carregue todas as culpas “ o que além de me chamar a atenção, me induziu imediatamente a fazer vários questionamentos.
É certo que vivemos numa época em que a culpa é mais mortal do que nunca. Nos culpamos por tudo: Não damos a devida atenção a família, aos filhos, gastamos demais; negligenciamos com a saúde; não conseguimos tempo para frequentar uma academia enfim, é culpa e mais culpa.. Mulher não pode ter tempo livre que arruma algo pra fazer, só porque se sente culpada de estar ali deitada inerte em frente à TV quando poderia estar ‘aproveitando’ pra fazer as unhas ou arrumar a casa.
Daí, nascem as mentiras. Se duas amigas contam como perderam dois quilos malhando, a gente rapidamente inventa uma desculpa por não estar na academia. “Eu ia me matricular, menina, mas esses dias fiquei até tarde no trabalho e ontem tive que deixar meu marido no aeroporto, papo-furado, papo-furado e papo-furado...”. Tradução da dor na consciência: só eu não estou me cuidando, que vergonha!
Como demais e me exercito pouco (exercício só na clínica de fisioterapia) – e invento mil desculpas a minha consciência - , começo e não termino as coisas pelo mesmo motivo. E vou culpar quem? Mentir pro mundo vai mesmo me fazer perder os tão desejados quilos a mais? Com o tempo aprendi que eu devo e mereço ficar na minha cama de pijamas por horas a fio se essa for a minha vontade, sem me culpar, porque ter um tempo ocioso hoje é uma raridade para poucos e posso deixar as obrigações pra outro dia, sim. Tempo é ouro e faço com o meu ouro o que quiser. E não vou me sentir culpada de ter bebido cerveja demais no meio da dieta, porque, como diria o finado Jânio Quadros, ‘fi-lo porque qui-lo’. Prazeres vem minados de culpa, acabando sempre com toda a graça deles...
As revistas, a família, a sociedade exigem tanta coisa de nós que nos tornamos escravas da perfeição. Temos, temos, temos. Que ser boas profissionais, excelentes mães, donas de casa de dar inveja, bonitas, bem cuidadas e bem humoradas, como se não tivéssemos direito a defeitos, à preguiça, a jogar tudo pro alto quando ficamos de saco cheio. Como se todo mundo que se enche de atividades ao mesmo tempo conseguisse fazer todas com perfeição. Porque o que nos engorda na verdade é a culpa, o que nos tira o sono à noite é a culpa, o que nos faz sentir menos bonita ou péssima esposa é a culpa. A culpa é da culpa. E a culpa é nossa. E quem irá nos libertar senão nós mesmas?
Destrinchar as fontes de culpa tem sido um desafio dos especialistas em comportamento. Aprender a lidar com elas seria o próximo passo.

Homenagem ao "Poetinha"




Hoje, logo cedinho, recebi a grata notícia que o meu amigo Ronaldo Franco foi homenageado pelo jornal O Diário do Pará com o título de Orgulho do Pará. Fiquei muito feliz! primeiro porque foi super merecida essa homenagem; depois, por ter sido informada pelo próprio homenageado. É muita honra!
Disseram, alguns amigos de Ronaldo, que a homenagem foi tardia. Também acho! Penso que mais da metade da vida de Ronaldo foi voltada para a cultura paraense, não apenas como jornalista, mas como um poeta de uma sensibilidade ímpar.
Sou seguidora do blog criado pelo poeta. Quase que diariamente o acesso, para ficar antenada com o movimento cultural de Belém. Ronaldo com a criação do blog conseguiu abrir portas para os novos artistas, divulgando seus trabalhos e como ele mesmo diz, tornou os palcos mais amplos e as platéias mais democráticas.
Ronaldo com aquele sorriso inigualável consegue arrastar uma legião de fãs. Sou uma delas.

sábado, 15 de maio de 2010

As 5 Cantoras

"Belém Pará Brasil" - Trilogia

"Viver a Vida"



A televisão exerce um poder muito grande sobre o telespectador, principalmente quando coloca no ar novelas que discutem causas importantes como preconceito, a falta de políticas públicas voltadas para o portador de deficiência, seqüestro, enfim uma série de problemas que são vivenciados por pessoas normais, não tão somente na ficção. A novela de Manoel Carlos “Viver a Vida” que ontem chegou ao final, deixou marcas profundas em muitos telespectadores que a assistiram. Não apenas pela novela em si, que a meu ver foi maravilhosa ao tratar do drama vivido por um deficiente físico e imbuída de uma verdade inconteste, mas, pelos depoimentos ao final dos capítulos, dados por pessoas que realmente possuem histórias de superação.
A tão falada Helena, musa de Manoel ficou em segundo plano pois sua história era comum e sem maiores atrativos, enquanto que o drama vivido por Luciana foi o que realmente prendeu a atenção do público.
Quando a novela foi posta no ar, encontrava-me em tratamento para a recuperação de uma doença neurológica que há pouco mais de um ano havia sido acometida e que me deixou por algum tempo tetraplégica. Assisti vários capítulos ansiosa para que chegasse o momento em que a personagem Luciana sofreria um acidente e passaria a usar cadeira de rodas para se movimentar. Queria saber se em algum aspecto nossas histórias tinham algo em comum.
A partir do capítulo em que Luciana sofreu o acidente que lhe deixou sem os movimentos e num profundo desespero, me preservei de assistir a novela com a mesma frequência de antes, pois o sofrimento experimentado pela personagem era igual ao meu e isso me fazia muito mal. Era como se eu estivesse vivendo tudo novamente. Sofria por mim, por ela e por tantos outros. Depois, quando Luciana se fortaleceu e começou a lutar por sua recuperação, voltei a acompanhá-la na sua caminhada. Era como se aquela pessoa vivesse na minha casa, fizesse parte da minha vida, pois ambas lutávamos pela recuperação plena. Dividia com Luciana as minhas dores, as minhas dúvidas, as frustrações, mas também a esperança. Jamais senti tanta verdade em uma novela como senti nessa. Talvez por fazer parte deste grupo de pessoas com problemas semelhantes aos abordados.
A novela acabou lindamente! Luciana foi muito abençoada ao gerar gêmeos e ao perceber que ainda poderia ser muito feliz. E para coroar, o depoimento emocionado do grande pianista e maestro João Carlos Martins, exemplo de luta e superação. Chorei de tanta dor e imaginei a falta que Luciana me faria. Sua saga terminou, era ficção.E a minha, quando acabará? Me fiz esta pergunta muitas vezes até adormecer.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sustentabilidade



O planeta está chegando num ponto cada vez mais crítico, observando-se que não pode ser mantida a lógica prevalecente de aumento constante do consumo. Já se verificam os seus impactos no plano ecológico global.
Sabemos que se trata de um tema muito complexo, pois as possibilidades de fixar limites são politicamente problemáticas, em qualquer parte do planeta. Na verdade, nunca tinha parado para pensar muito nisso, mas a situação exige que tomemos uma posição.
Será que estamos numa encruzilhada? O caminho existente é mais do que problemático em termos ecológicos, quase sem saída pelos métodos convencionais. A exploração crescente dos recursos naturais dessa maneira coloca em risco as condições físicas de vida na Terra, na medida em que a economia capitalista exige um nível e tipo de produção e consumo que são ambientalmente insustentáveis.
O que significa, portanto, promover uma política de consumo sustentável que leve em conta dois eixos – a realidade dos limites ecológicos da Terra, de um lado, e de outro, que promova justiça social e seja politicamente viável?
Nos últimos anos, houve alguns avanços na forma de pensar e agir. O grande desafio é de influenciar e modificar o pensamento das pessoas em relação ao consumo.
Pense bem: de quantos pares de sapato, de quantas bolsas você precisa para sobreviver? Na verdade, na verdade de nenhum, certo? Mas o que isso tem a ver com sustentabilidade? É simples. A fabricação de sapatos e bolsas ( peguei como exemplo por que sou consumidora compulsiva) consome energia elétrica e produz uma enorme quantidade de sobras que vira lixo puro.
E mesmo sem precisar, você e eu compramos sapatos e mais sapatos só porque a indústria da moda diz que determinada cor, salto, modelo, enfim, saiu da moda. E é assim com todo o resto de coisas que compramos e compramos, por que o mercado diz que já é hora de trocar por um mais moderno, mais bonito.... o resultado de tudo isso?
Consumimos mais do que a terra pode fornecer e se recuperar, por isso estamos à beira de um grande colapso ambiental. E agora, entre a cruz e a espada? Eu também, mas vamos pensar seriamente sobre isso e tentar mudar a situação.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mãezinha esta página é sua.

 
Posted by Picasa


Este ano de 2010 está sendo um ano muito importante prá você e para todos nós filhos, netos, bisnetos, amigos e agregados. Você assistiu à celebração do casamento de sua neta Marília, foi homenageada por ocasião de seus noventa anos com uma festa maravilhosa onde todas as pessoas que lhe amam estavam presentes, e há pouco menos de um mês ganhou mais uma bisneta. Acho que você é uma mulher feliz e realizada merecidamente,afinal conseguiu com todas as dificuldades criar seus seis filhos, educá-los e prepará-los para a vida.
Aproveitando que domingo é o dia em que todas as mães são homenageadas, aproveito hoje para fazer a minha homenagem a você minha mãe amada. Quero dizer-lhe que jamais poderia desejar ser filha de outra mulher se não você. Durante toda a minha vida você só me deu bons e inúmeros exemplos: lealdade, honestidade, força, generosidade entre outros, e principalmente o amor incondicional a todos os seus filhos.
Sempre tive de você tudo o que desejei e precisei. Você nunca me deixou na mão, sempre esteve presente nos bons e maus momentos da minha vida. Me ajudou a criar minhas filhas dando-lhes amor como se sua mãe fosse, o que só confirma a máxima de que ser avó é ser mãe duas vezes. Sou-lhe eternamente grata por tudo. Jamais vou esquecer o seu maior gesto de amor para comigo, ao sair de seu estado, de sua casa e vir me dar amor e sua preciosa ajuda no momento mais difícil da minha vida. Eu a amo mãezinha e até o último dia de minha vida lembrarei de tudo o que fez e faz por mim e por todos nós seus filhos e netos.
Mãe, obrigada por sempre ter me guiado pelo caminho do bem, na infância, adolescência e na vida adulta. Sua generosidade é infinita.
Tenha um Dia das Mães maravilhoso, na certeza de que foi eleita por mim a melhor mãe do mundo.
Beijos eternos da sua filha, genro, netos e bisnetos

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Saudades de Cássia



Hoje ao acordar me peguei cantando Malandragem de Cássia Eller. Além da alegria que senti, pois a amava demais, senti também um grande aperto no coração.Sua imagem começou a tomar forma e a lembrança do dia de sua morte me causou um certo desconforto. Dia terrível aquele 29 de dezembro de 2001. Lembro que vi na televisão o anúncio de sua morte. Aquilo para mim era uma tragédia. O que me restava daquela intérprete maravilhosa, daquela voz diferente que inebriava meus ouvidos? Apenas os CDs que já existiam e suas lembranças.
Chorei muito naquele dia. Não aceitava que uma pessoa tão jovem, tão maravilhosa, tão talentosa e igualmente insatisfeita tivesse morrido. E Cássia morreu mesmo.

Por conta da grande admiração que tenho até hoje por Cássia Eller e pela saudade que ainda dói vou homenageá-la. Vou ouvir seus CDs, ver seus vídeos e ler algumas frases que ela dizia que eu acho o máximo, e vou ficar aguardando o segundo sol chegar para realinhar as órbitas dos planetas.
E continuar cantando...

Quem sabe eu ainda
Sou uma garotinha
Esperando o ônibus
Da escola, sozinha...
Cansada com minhas
Meias três quartos
Rezando baixo
Pelos cantos
Por ser uma menina má...
Quem sabe o príncipe
Virou um chato
Que vive dando
No meu saco
Quem sabe a vida
É não sonhar...
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar...
Bobeira
É não viver a realidade
E eu ainda tenho
Uma tarde inteira
Eu ando nas ruas
Eu troco um cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo
Prá cantar...
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar...
Eu ando nas ruas
Eu troco um cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo
Prá cantar...
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta
E não aprendi a amar
Eu sou poeta
E não aprendi a amar...
Quem sabe eu ainda sou
Uma garotinha!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Eternamente Carlitos




Charles Chaplin foi uma das personalidades mais criativas da era do cinema mudo; ele atuou, dirigiu, escreveu, produziu e eventualmente financiou seus próprios filmes. Nasceu em Walworth, Londres, dos pais Sr. Charles e Hannah Harriette Hill, ambos animadores do Music Hall.
Sempre fui apaixonada por Chaplin e leio muitos textos por ele escrito. Dentre os textos e frases que coleciono, estes são os meus preferidos:

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.”
Charles Chaplin

"Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
Charles Chaplin

“ A beleza é a única coisa preciosa da vida.
É difícil encontrá-la, mas quem consegue, descobre tudo. ”

Chico Xavier - o filme

Em dois de abril passado o mais importante médium do Brasil teve sua vida levada às telas em todo o país. O longa intitulado "Chico Xavier – o “filme “ é uma adaptação para o cinema da vida deste médium que viveu noventa e dois anos na vida terrena desenvolvendo importante atividade mediúnica e filantrópica.
Médium mais famoso do Brasil, Chico Xavier ajudou a difundir o espiritismo e as palavras de Allan Kardec no país. Natural de Belo Horizonte, Minas Gerais, este ano faz 100 anos de seu nascimento, e oito anos de sua morte. Em sua homenagem, diversas ações foram promovidas no Brasil, dentre as quais o lançamento do filme Chico Xavier em 02 de abril passado.
O filme tem roteiro de Bernstein e é baseado em um livro escrito pelo jornalista Marcel Souto Maior, publicado no ano de 2003, é considerado como uma das melhores biografias do médium mineiro Francisco Cândido. O elenco conta com nomes de estrelas de primeira grandeza, dentre eles Nelson Xavier (intérprete de Chico), Rosi Campos, Ângelo Antônio, Tony Ramos, Paulo Goulart, Ailton Graça, Christiane Torloni, Cássia Kiss, Giovana Antonelli e Pedro Paulo Rangel. A direção é de Daniel Filho. Bateu recorde nacional de bilheteria no fim-de-semana de estréia. O longa levou 590 mil pessoas ao cinema – a marca anterior pertencia a “Se Eu Fosse Você 2”.

Leia a crítica do filme "Chico Xavier"

“Chico Xavier” é um filme interessante, que contra de forma original a intrigante vida deste brasileiro. É um filme que, independentemente da posição religiosa do espectador, passa uma mensagem positiva relacionada ao ser humano. É um filme que, embora não seja perfeito, merece ser visto.
05/04/10 às 15:20 | Cássia Lorenza - Especial para o Bem Paraná

É ver para crer!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Especial Belém




Maravilhoso o trabalho desenvolvido pelo grupo de pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas , da Universidade do Estado do Pará (CUMA/UEPA). Trata-se do livro “Memórias da Belém de Antigamente" lançado pela Editora da UEPA – EDUEPA. A obra objetiva resguardar a memória sóciocultural de Belém entre 1940 e 1960. O trabalho dos pesquisadores nos permite conhecer como eram nossos bairros, a moradia, equipamentos urbanos, transporte, educação, divertimento, moda, política, aspectos artísticos da cidade: espaço, formação e circulação.
Foram colhidos relatos na primeira etapa - "Memória de Belém em Histórias de Velhos" de idosos de mais de 65 anos, moradores do Asilo Pão de Santo Antonio, e a segunda etapa - "Memória de Belém em Testemunhos de Artistas", foram colhidos depoimentos de artistas. Nesta segunda parte o obra trata da arte de Belém do passado, da música, do cinema, da rádio novela, da chegada da televisão em Belém, da história da criação do Círio de Nazaré, dos preparativos da festa, da Procissão, do almoço do Círio. Cada relato é feito com muita saudade, emoção, dor e alegria de uma época que muitos acham que era melhor. É uma obra imperdível.

Nilson Chaves - "Tô que tô saudade - Flor do destino"

Belém - Mosaico de ravena

Minha saudosa Belém do Pará



Há pouco mais de um mês voltei da minha cidade natal, amada Belém. Não tive muitas oportunidades de rever a cidade, no entanto, o que vi me emocionou bastante, até mesmo pelas circunstâncias atuais. O que mais me chamou a atenção foi aquela área que compreende o Ver-o-Peso. Rever a Catedral Metropolitana, Igreja de Santo Alexandre, Assembléia Legislativa, Praça do Relógio, me senti transportada para um passado remoto. Lembrei com muitas saudades da minha juventude vivida em parte naquela área. Meu emprego na Assembléia Legislativa impunha que diariamente eu caminhasse na praça Dom Pedro II para chegar até o ponto de ônibus. Não tive oportunidade de conhecer o complexo Feliz Luzitânia nem o Mangal das Garças, mas o farei em outubro quando voltarei para participar do Círio de Nossa Senhora de Nazaré.

Conheci a Igreja de Santo Alexandre, por ocasião do casamento da Marília, minha sobrinha. Fiquei encantada!

Vídeos inesquecíveis

A música nas décadas 70/ 80 se configurou numa revolução. Inúmeras bandas surgindo e mostrando uma forma diferente de se fazer canção, a exemplo estes vídeos que fazem parte do meu acervo.