Autumn Rose

segunda-feira, 2 de maio de 2011



Para os gregos, a divindade militar era Atena, por seu raciocínio. No catolicismo, Joana D'Arc foi o símbolo da resistência, enquanto no Brasil, Maria Quitéria foi uma das notórias heroínas pela luta da independência do país. As mulheres são e sempre fizeram parte desse universo fardado e, hoje, com a estabilidade oferecida pela carreira militar e bons salários, elas vêm se multiplicando nos efetivos armados, além de galgar as maiores patentes também.

Na água, na terra e no ar

Segundo informações do Ministério da Defesa, 8403 mulheres estão empregadas na Marinha, Exército e Aeronáutica, o que corresponde a 2,62% do efetivo das Forças Armadas brasileiras. Atualmente, 1.280 mulheres são militares de carreira no Exército e 5.450 fazem o serviço temporário. Desse número, cinco atuam nos batalhões brasileiros da Força de Paz das Nações Unidas no Haiti.

As mulheres também estão ganhando os céus na Força Aérea Brasileira (FAB), com 18 aviadoras patrulhando o espaço aéreo brasileiro. Em apenas sete anos, duplicou a participação feminina no efetivo. De acordo com a comunicação da instituição, no entanto, elas poderão atingir a maior patente de Tenente-Brigadeiro-do-Ar, à medida que as primeiras turmas chegarem à maturidade.

No Exército, os salários oferecidos nos concursos para suas diferentes escolas podem chegar a R$ 10 mil, dependendo da especialização. Já a Aeronáutica abriu recentemente concurso para 160 vagas para profissionais com formação superior em diversas especialidades. A remuneração é de cerca de R$ 4.800,00.

Indo à luta

A gaúcha Sofia Meirose Salles tinha 29 anos e nenhum emprego quando deciciu tentar uma carreira militar. Formada em relações públicas, a jovem relata que as dificuldades do mercado de trabalho e os baixos salários ofericidos pela profissão a fizeram buscar estabilidade no Exército. "Não conhecia praticamente nada da carreira militar, mas me inscrevi no concurso em Porto Alegre", lembra.

Ela relata que sua mãe chegou a duvidar que ela fosse conseguir superar testes físicos e a disciplina, mas Sofia afirma que não foi nenhum bicho de sete cabeças: "A verdade é que ninguém conhece como é a carreira militar. Eu fui em frente, vi que as matérias do concurso eram boas, busquei algumas informações e superei o medo que eu tinha".

Sofia explica que saiu de casa para fazer o curso de formação por dez meses na Bahia e depois acabou transferida para Brasília, onde desempenha função na Comunicação do Exército. De lá pra cá, Sofia comemora os quatro anos de estabiliadade que conquistou. "Não me interessava muito pela carreira e pelo assunto, mas hoje vejo a importância das Forças Armadas e me orgulho muito de trabalhar aqui. Minha mãe que achou que eu não iria conseguir ficou emocionada e chorou na minha formatura", contou.

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